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Copom mantém Selic em 10,75% a.a. pela terceira reunião consecutiva
Após reunião de dois dias, terminada nesta quarta-feira (8), o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por manter a meta
Após reunião de dois dias, terminada nesta quarta-feira (8), o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por manter a meta para a Selic em 10,75% ao ano, assim como a autoridade monetária brasileira já havia feito nas últimas duas reuniões, após ter aumentado a Selic em 0,5 ponto porcentual no encontro de julho. A decisão não deve surpreender o mercado, já que de acordo com a mediana das estimativas dos analistas compilada pelo relatório Focus a manutenção da Selic já era aguardada.
Esta foi também a última reunião com Henrique Meirelles à frente da autoridade monetária nacional, já que com a mudança de governo no próximo ano Alexandre Tombini, diretor de Normas e membro votante do Copom atualmente, deverá substituí-lo. A decisão foi tomada sem viés e com unanimidade.
Comentário
Mais eloquente em seu comunicado, o Copom avaliou que é prudente aguardar tempo adicional para avaliar as medidas macroprudenciais tomadas recentemente.
"Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,75% a.a., sem viés. Diante de um cenário prospectivo menos favorável do que o observado na última reunião, mas tendo em vista que, devido às condições de crédito e liquidez, o Banco Central introduziu recentemente medidas macroprudenciais, prevaleceu o entendimento entre os membros do Comitê de que será necessário tempo adicional para melhor aferir os efeitos dessas iniciativas sobre as condições monetárias. Nesse sentido, o Comitê entendeu não ser oportuno reavaliar a estratégia de política monetária nesta reunião e irá acompanhar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", declarou o Copom em comunicado, reproduzido na íntegra.
Restrição de crédito diminuiu urgência
A decisão foi tomada mesmo com a deterioração do cenário inflacionário no último mês. Nesta quarta, foi divulgado que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,83% em novembro, 0,08 ponto percentual acima do registrado no mês anterior. Para o Santander, a manutenção da Selic neste contexto se daria pois uma elevação da taxa básica de juros implicaria em mudança muito drástica e rápida de discurso em relação à ata referente à reunião do mês de outubro.
Rumos da Selic em 2011
Em relatório, a LCA mantém seu cenário-base de aumento de 100 pontos-base no juro, dividido em duas elevações de 50 pontos-base, nas reuniões de 19 de janeiro e 2 de março. No entanto, a decisão e o comunicado do Copom deixam em aberto outras possibilidades na opinião da consultoria, entre as quais duas seguem "claramente as mais plausíveis".
A primeira, que a Selic comece a subir em horizonte um pouco mais distante ao invés de janeiro, o que propiciaria mais tempo à autoridade para avaliar os impactos das medidas macroprudenciais. A outra possibilidade vislumbra que a Selic não suba em 2011, hipótese que demandaria uma desaceleração tempestiva da inflação corrente e das expectativas inflacionárias, além de sinalizações consistentes de que a política fiscal terá execução claramente menos expansionista do que em 2010, ressalta a LCA.
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