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Empreendedorismo brasileiro se equilibra entre gêneros
Em 2010, homens e mulheres empreenderam basicamente com a mesma intensidade, segundo a pesquisa GEM 2010
No Brasil, homens e mulheres têm buscado no empreendedorismo a  oportunidade de estar no mercado quase que igualmente. Há um forte  equilíbrio entre gêneros, já que dos 21,1 milhões de pessoas à frente de  empreendimentos em estágio inicial (TEA) ou com menos de 42 meses de  existência no Brasil, 50,7% são homens e 49,3%, mulheres. É o que mostra  a mais nova edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, a GEM  2010, divulgada nesta terça-feira (26), pelo Sebrae, em entrevista  coletiva em São Paulo.
A pesquisa aponta que a mulher brasileira continua sendo uma das que  mais empreende no mundo. Apenas em Gana, as mulheres atingiram TEA mais  altas que os homens, entre todos os outros 59 países participantes da  pesquisa em 2010. Em Gana, a TEA é de 34%, com 4,3 milhões de  empreendedores, sendo 37,1% mulheres e 30,8% homens.
Na 11ª edição da pesquisa no país, a Taxa de Empreendedores em Estágio  Inicial (TEA) brasileira é de 17,5%, o que equivale a 21,1 milhões de  empreendedores brasileiros. A TEA é formada pela proporção de pessoas  com idade entre 18 e 64 anos envolvidas com empreendimentos em estágio  inicial ou com menos de 42 meses de existência. A taxa brasileira está  acima da média histórica do país, que é de 13,38%. Em 2009, por exemplo,  a taxa foi de 15,3%.
Uma questão de gênero
Na avaliação da pesquisadora Gina Paladino, a presença feminina na  criação e gestão de novos negócios é forte e constante. “Estamos  consolidando posições e conquistando novos espaços relevantes na  sociedade e na economia. Atualmente, 35% dos lares brasileiros são  sustentados por mulheres. No mercado de trabalho, as mulheres ocupam 42%  das vagas de trabalho e milhões de delas pilotam suas próprias  empresas”, afirma.
Para Gina Paladino, o empreendedorismo feminino tem crescido em todo o  mundo nas últimas décadas, fenômeno intimamente ligado ao aumento no  número de mulheres que avançam na formação educacional de nível técnico e  superior. Na visão da assessora, as barreiras burocráticas são ainda  mais penosas para as mulheres porque dispõem de menos tempo do que os  homens para fazer funcionar os empreendimentos devido aos afazeres do  lar.
Ao utilizar informações geradas ao longo de dez anos de pesquisa pelo  canadense Louis Jacques Filion, um dos maiores pesquisadores mundiais na  área de empreendedorismo, Gina destaca que a mulher está evoluindo nos  pequenos negócios, nas empresas familiares e como profissional liberal.  Nos últimos 30 anos, Filion vem pesquisando o fenômeno do  empreendedorismo. Ele observou uma progressão contínua das mulheres  empreendedoras em posições de liderança devido a algumas das suas  características, como ter melhor conhecimento do mercado, ser mais bem  preparadas e planejar melhor.
Quanto aos empreendimentos criados por mulheres, Filion aponta que são  negócios menores, que tendem a estar no setor de serviços. Geralmente,  utilizam entre 30% e 50% do capital usado por homens para iniciar um  novo negócio. O sexo feminino parece encontrar mais dificuldades para  acessar recursos financeiros, humanos e capital social do que os homens.  Na área de gestão das organizações, as mulheres demonstram um estilo de  gerenciamento mais participativo e importam-se mais com seus empregados  e clientes.
Jovens empreendedores 
A GEM 2010 aponta também que no ano passado todas as faixas etárias  tiveram aumento nas taxas de empreendedorismo. A que obteve maior  crescimento foi a faixa dos 25 aos 34 anos, com 22%. O Brasil segue a  mesma tendência dos grupos de demais países analisados, nos quais esta é  a faixa etária que prevalece.
A faixa etária de 18 a 24 anos foi o segundo grupo com maior  crescimento, 17,3%, valor superior à dos empreendedores entre 35 anos e  64 anos, que varia de 9,5% a 16,6%.
O Brasil e a Rússia são os únicos países do G20 em que a faixa de 18 a  24 anos é mais empreendedora que a de 35 a 44 anos, após a faixa etária  mais empreendedora de ambos, que é dos 25 a 34 anos.
A pesquisa GEM é realizada no exterior desde 1999. Chegou ao Brasil em  2000 por meio do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade  (IBQP). Em 2001, passou a contar com a participação do Sebrae. A GEM tem  entre suas finalidades avaliar, divulgar e influenciar as políticas de  incentivo ao empreendedorismo no Brasil e no mundo. Sessenta países  participaram do estudo em 2010. Além da análise dos resultados da  pesquisa, a publicação é enriquecida com um tópico especial sobre a  mulher empreendedora brasileira, de autoria de Gina Paladino, assessora  econômica da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
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